quinta-feira, 31 de março de 2011

Conselho de enfermagem diz que não reconhece formados em obstetrícia

O Conselho Nacional de Enfermagem (Cofen) divulgou nesta quarta-feira (30) uma nota oficial se posicionando contrário ao registro profissional dos alunos formados no curso de obstetrícia oferecido pela Universidade de São Paulo (USP). Na nota assinada pelo presidente do Cofen, Manoel Carlos Neri da Silva, o órgão afirma que o curso da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP “não preenche os requisitos legais para o exercício profissional da enfermagem”. A decisão será publicada no “Diário Oficial” e encaminhada a todos os Conselhos Regionais de Enfermagem.

O curso criado em 2005 corre o risco de ser fechado. Os alunos formados não conseguem o registro profissional, a não ser na Justiça, porque o conselho de enfermagem não reconhece o curso. Um relatório elaborado por um grupo de trabalho que cuida de revisão e remanejamento de vagas concluiu que a USP Leste deveria fechar 330 vagas do vestibular, e que o curso de obstetrícia (o único no país) deveria se fundir com o de enfermagem.

Ainda segundo a nota, o Conselho Federal de Enfermagem, desde 2008 tem emitido pareceres repetidos indicando a impossibilidade de concessão de registro profissional aos egressos do curso de obstetrícia porque contraria as diretrizes curriculares para o curso de graduação em enfermagem.

O curso de obstetrícia é voltado especificamente para o atendimento à mulher gestante, para que ela receba o acompanhamento adequado durante toda a gravidez, parto, e até 40 dias após o parto.

Para o Cofen, “o novo curso de graduação em obstetrícia carece de regulamentação profissional que só pode ser suprida através de Lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidência da República, seguindo o processo legislativo instituído pela Constituição Federal, considerando que a legislação anterior que regulamentava a profissão de obstetriz no Brasil foi revogada (inclusive a que regulamentava o ensino)”.

Na segunda-feira (28), professores, alunos e egressos do curso de obstetrícia participaram de uma reunião na sede do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP). No encontro, o assessor legislativo do Cofen, Luiz Gustavo Muglia, apontou duas soluções para que alunos e egressos consigam um registro profissional: ou a USP oferece uma formação em enfermagem com ênfase em obstetrícia ou é preciso criar uma legislação específica para a carreira de obstetrizes.

Os conselhos de enfermagem sugerem que a USP inclua na grade curricular mais aulas de enfermagem, para que os alunos tenham uma formação mais completa que inclua, além do trabalho das parteiras, o cuidado do ser humano, do adolescente, da criança e do idoso. “É necessário que o curso tenha uma visão geral do indivíduo, assim como acontece em enfermagem”, disse Muglia.

Estudantes e professores tentam impedir o fechamento do curso de obstetrícia, ministrado na USP Leste. Os alunos já participaram de passeatas por São Paulo e conseguiram até a promessa do governador Geraldo Alckmin em defender a manutenção do curso.

Segundo a coordenadora do curso, Nádia Narchi, os professores e alunos são contra a fusão com o curso de enfermagem porque, apesar de profissões “irmãs”, as duas áreas representam paradigmas profissionais diferentes. “Se a gente for diluído na enfermagem, não vamos construir um campo de conhecimento próprio. Não aceitamos essa proposta e queremos que a USP compreenda a importância social e acadêmica da nossa profissão.”

Nádia disse, ainda, que a USP está se dobrando ao Cofen, que tem dificultado o registro de obstetrizes formadas, também pouco reconhecidas pelo mercado. “Há duas saídas possíveis: a reformulação curricular ou a contestação judicial, mas a USP optou pela saída covarde, de atender ao conselho”, afirmou a coordenadora.

Atualmente, o curso de obstetrícia da USP Leste, que pertence à Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), tem cinco turmas de 60 alunos cada e duas já formadas. A graduação tem uma duração de quatro anos e meio e, em 1974, já sofreu com a extinção e a fusão à enfermagem – ressurgindo em 2005.

Fonte: G1

terça-feira, 29 de março de 2011

Nova formulação de vacina é testada no Pará

A partir do mês de maio, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), ligado à Fundação Oswaldo Cruz, inicia no Pará, em parceria com o Instituto Evandro Chagas, com a Universidade do Estado do Pará e com a Secretaria de Estado de Saúde, um projeto para avaliar se é possível utilizar uma nova formulação de vacina contra a febre amarela, a fim de garantir a ampliação da cobertura onde o risco da disseminação da doença é real, dentro e fora do Brasil. De acordo com a médica pesquisadora e coordenadora principal do estudo no Estado, Consuelo Oliveira, cerca de 1.800 crianças participarão do projeto.

Ela afirma que a vacina aplicada hoje em dia tem potência muito mais forte do que o necessário para imunizar uma criança, e uma nova formulação garantiria não apenas o aumento da capacidade de produção, mas também a diminuição de riscos de efeitos colaterais. Farão parte do projeto crianças com idade entre nove e onze meses e 29 dias.

'Essas crianças que participarão do estudo serão recrutadas nas próprias unidades de saúde onde recebem a vacina e os responsáveis receberão todas as orientações, além da informação mais importante de todas: de que não se trata de uma nova vacina, mas de uma formulação melhorada. A grande importância desse projeto é, sem dúvida, a possibilidade de produzirmos vacina em maior quantidade. Nosso objetivo é trabalhar em prol mesmo da erradicação da doença, tanto que essa pesquisa não é uma motivação apenas nossa, é um projeto do Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde', detalha Consuelo.

O projeto, que vai contar com pediatras e vários outros profissionais da saúde, poderá durar entre seis meses e um ano. Em 2010, a região Norte teve apenas um caso de febre amarela confirmado, e foi justamente no Estado do Pará, registrado durante o mês de junho.


Fonte: Portal ORM

sexta-feira, 25 de março de 2011

Famaz ganha novos mestres no curso de Enfermagem

Duas docentes do curso de enfermagem da Famaz, defenderam as teses de dissertações, obtendo o título de mestre . As novas mestres da FAMAZ são as docentes : enfermeira Ruth Araújo e enfermeira Inara Cavalcante. O tema de dissertação de mestrado da professora Ruth Araújo foi: “Avaliação da Biosegurança em Tuberculose em Duas Unidades de Saúde: O obstáculo entre o Real e o Ideal”. Já o tema da Professora Inara Cavalcante foi o “Acesso e Acessibilidade ao Serviço de Saúde em Comunidades Quilombolas”.

Para docente Ruth Araújo, a sua formação no mestrado vai contribuir significativamente para qualidade do curso. “O mestrado servirá de exemplo para que nossos alunos(as) possam dar continuidade aos estudos e enveredar na vida acadêmica, na pesquisa, ultrapassando a formação da graduação”, relata.

A docente Inara Cavalcante afirma que este etapa, traz consigo um enriquecimento acadêmico para a FAMAZ. “Este título é consequência da formação na pesquisa desenvolvida ,que acrescentará maior qualidade, de conhecimento, na formação dos discente do curso de Enfermagem.

Com os novos mestres, a Faculdade Metropolitana da Amazônia alcançou a marca de 70% do quadro com títulos de mestres. Isto mostra que a faculdade prima pela qualidade do ensino e incentiva a qualificação de seus docentes. Isto é importante, porque indica a formação do quadro docente, com massa crítica, para os programas de monitoria e iniciação científica da Famaz.

Parabéns as docentes por mais esta vitória alcançada!!!!.

FAMAZ: 1ª Instituição de Ensino Superior no Pará, a ofertar curso de AIDPI aos seus alunos do curso Enfermagem

A Faculdade Metropolitana da Amazônia (FAMAZ) é a primeira Instituição de Ensino Superior particular do Estado a ofertar aos alunos de Enfermagem o curso: Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI). O curso permite que os(as) discentes possam detectar doenças em crianças de 0 a 5 anos.

A capacitação aconteceu entre os dias 28 de fevereiro a 4 de março no auditório da FAMAZ para os alunos do 7º semestre. Com o AIDPI o(a) discente, e futuro enfermeiro(a) da FAMAZ

terá embasamento para atender crianças com diarreia, infecção respiratória, malária e outras doenças prevalentes

da infância. Diferencial este que vai preparar os alunos de Enfermagem para encarar a realidade das unidades básicas de saúde. É o que afirma a facilitadora da AIDPI na FAMAZ, professora e capacitadora autorizada pelo Ministério da Saúde, Margareth Braun.

“Os alunos da FAMAZ estarão mais preparados para encarar os desafios diários do enfermeiro e a FAMAZ sai na frente das demais Instituições de Ensino Superior Privado, que ofertam Enfermagem em seus cursos de graduação”.

Para a profª. mestranda. Adriana Oliveira, a FAMAZ teve um ganho intelectual com o ingresso do curso de AIDPI na Instituição. Estamos formando futuros enfermeiros preparados para encarar os desafios profissionais, principalmente os da região amazônica”, ressalta.

Elcka Albuquerque, aluna do 7º semestre, afirma estar se preparando para atuar de modo responsável e capacitada para atuar na área da saúde, na sociedade e no mercado de trabalho. “O AIDPI só veio acrescentar conhecimento a todos os alunos da FAMAZ. Isto mostra que a FAMAZ se preocupa em “formar” profissionais preparados, este é o nosso diferencial”.

Desastres naturais mudam percepção sobre ambiente, diz estudo

O resultado já era esperado, mas até agora os cientistas não tinham pesquisas suficientes para provar isso.

Quem já sofreu com eventos climáticos extremos tem maior tendência a se preocupar com o aquecimento global e a poupar energia.

Foi o que concluiu uma pesquisa feita com 1.822 pessoas em várias partes do Reino Unido, publicada esta semana na revista "Nature Climate Change".

Segundo ela, as pessoas que enfrentaram enchentes e outros desastres naturais comumente associados ao aquecimento global ficam mais inclinadas a tentar evitá-lo, tomando medidas ativas, como a redução do uso de energia.

INIMIGO ÍNTIMO

De acordo com vários cientistas sociais, a visão das consequências do aquecimento global como algo que acontece em locais muito distantes, ou mesmo daqui a muitos anos, acaba não motivando as pessoas a agir.

"Viver eventos climáticos extremos tem o potencial de mudar a maneira como as pessoas veem as mudanças climáticas, tornando-as mais reais e tangíveis e, finalmente, motivando-as a agir de forma mais sustentável", diz Alexa Spence, da Universidade de Nottingham, chefe do trabalho.

Na última década, o Reino Unido enfrentou uma série de fortes tempestades, seguidas de grandes enchentes. Das pessoas que responderam ao questionário, 20% tinham vivido essa experiência recentemente.

O estudo revela que quem teve contato direto com as enchentes percebe o aquecimento global de forma significativamente diferente daqueles que nunca viveram essa realidade.

Em um resultado quase inesperado, essas pessoas também se mostraram mais confiantes em relação ao impacto de suas atitudes para evitar futuros desastres.

Assim, elas se disseram mais dispostas a realizar ações como diminuir a temperatura do termostato e evitar deixar aparelhos eletrônicos ligados quando não estivessem sendo usados.

Várias pesquisas semelhantes feitas em outras partes do mundo falharam em demonstrar essa ligação.

De acordo com um artigo crítico na mesma revista, isso aconteceu devido ao universo de pessoas avaliadas, que não teria sido amplo e representativo o suficiente. No caso da atual pesquisa, isso não aconteceria, o que tornaria o atual resultado bastante confiável.

Cientistas das universidades de Nottingham e de Cardiff, que conduziram o trabalho, dizem esperar que as novas informações descobertas no trabalho possam ser usadas para criar campanhas e estratégias de engajamento mais eficazes contra o aquecimento global.

Fonte: Folha.com

quinta-feira, 24 de março de 2011

Decisão sobre Ficha Limpa deixa em aberto situação de políticos barrados pela lei.

O julgamento de ontem (23) sobre a validade da lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu o futuro de políticos com recurso na Justiça. Por outro lado, deixou em aberto a situação de quem já foi barrado e desistiu de recorrer – ou seja, com decisão transitada em julgado.

Segundo o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, políticos com decisão transitada em julgado, inclusive nos tribunais regionais eleitorais, podem entrar com uma ação chamada rescisória no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no prazo de até 120 dias. “Claro que se o STF bateu o martelo no sentido de que não se aplica a lei nas eleições de 2010, as decisões contrárias infringiram a Constituição e podem ser desfeitas”.

A ação rescisória na Justiça Eleitoral foi criada por meio de uma lei complementar em 1996 e pode ser usada apenas em casos de inelegibilidade. Até a aprovação da lei, todas as decisões da Justiça Eleitoral eram absolutas.

O ministro Marco Aurélio afirmou também que a lei da Ficha Limpa não precisará esperar as eleições de 2012 para ser aplicada. Ela pode valer caso haja eleições suplementares depois do dia 7 de junho, data em que a lei completa um ano em vigor. Ele lembrou que quem preferiu não concorrer ao pleito temendo ser barrado pela Lei da Ficha Limpa não terá o que fazer. “Quem não concorreu, não terá chance. O direito não socorre os que dormem”, disse.

O ministro Carlos Ayres Britto, no entanto, acredita que a decisão de hoje não beneficia os políticos com decisão transitada em julgado. "Também é importante lembrar que a decisão não libera as pessoas barradas pelos motivos já existentes na Lei de Inelegibilidades, de 1990, que foi complementada no ano passado pela Lei da Ficha Limpa", afirmou.


Fonte: Débora Zampier, Da Agência Brasil, Em Brasíli. 24/03/2011

Fiel da balança, Fux vota contra aplicação da lei Ficha Limpa em 2010

O mais novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, que deve resolver o impasse sobre a lei Ficha Limpa na Corte, votou contra a aplicação da lei em 2010 durante sessão desta quarta-feira (23). Com o voto de Fux –o único que não tinha se pronunciado sobre o assunto entre os atuais ministros do STF–, a tendência é de que seus colegas confirmem seus votos dados nas duas ocasiões anteriores que discutiram o assunto, e que a aplicação da lei nas últimas eleições seja derrubada. Até hoje, o placar era 5 x 5, embora os membros da Corte possam mudar de ideia até a proclamação do resultado no fim da sessão de hoje.

"O melhor dos direitos não pode ser aplicado contra a Constituição", afirmou Fux no início de seu voto. O artigo 16 da Constituição Federal determina que qualquer mudança no processo só pode acontecer se for editada um ano antes do pleito, o que não aconteceu. Os adversários do dispositivo querem que a lei valha só para o pleito de 2012. Os patrocinadores da ficha limpa dizem que a iniciativa não mudou as regras.

Fux alegou que devem ser evitadas surpresas no ano da eleição, como aconteceu com a aprovação da lei pelo Congresso. "O intuito da moralidade é todo louvável, mas estamos diante de uma questão técnica, jurídica", complementou. "O princípio da anterioridade eleitoral é uma garantia não apenas do cidadão eleitor, mas também do candidato e dos partidos políticos." O ministro ainda afirmou que "a tentação de aplicação da lei é muito grande, até para quem vota contra. Mas deve ser resistida".

Antes dele, o ministro Gilmar Mendes, relator do caso que está sob julgamento, votou novamente contra a aplicação da lei em 2010. "Esta é a missão desta corte. Aplicar a jurisdição ainda que contrarie a vontade popular", afirmou. Antonio Dias Tóffoli, Marco Aurélio de Mello e Celso de Mello também mantiveram seus votos contrários, seguindo o relator. Já os ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Ellen Gracie votaram a favor da validade ainda neste ano, do mesmo modo que haviam votado anteriormente.

"Esta é uma lei que surgiu para rimar erário com sacrário. Como pode alegar surpresa um secretário que foi condenado três vezes antes de chegar aqui?", disse Ayres Britto sobre o julgamento desta quarta-feira.

Marco Aurélio defendeu seu voto afirmando que: "Nós ocupamos uma cadeira vitalícia apenas para atuarmos conforme a ciência e a consciência. Há mais coragem em ser justo parecendo injusto do que em ser injusto para salvaguardar as aparências da Justiça". E complementou: "Não temos qualquer culpa de o Congresso ter aprovado a lei apenas no ano de eleições".

Entenda o julgamento.

Quase seis meses após as eleições parlamentares e executivas de outubro de 2010, a mais alta corte do país volta a se manifestar sobre a lei que barrou vários candidatos polêmicos –ainda que alguns deles mais tarde tenham se livrado do bloqueio e hoje estejam em seus cargos.

O caso que está sendo analisado hoje é o do deputado estadual Leonídio Bouças (PMDB-MG), condenado por improbidade administrativa. A lei impede que candidatos punidos por órgãos da Justiça concorram nas eleições.

No início do julgamento, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que, para o Ministério Público Federal, foi um "acerto" o entendimento de que a lei deveria ser aplicada na eleição de 2010. Gurgel afirmou que a lei não é punição, mas sim pré-condição para candidatos.

À espera de Fux

O grande suspense para a votação desta quarta-feira era o voto do recém-indicado ministro Luiz Fux, que deixou o STJ (Superior Tribunal de Justiça) para integrar o STF a convite da presidente Dilma Rousseff.

O novo membro já tinha feito comentários genéricos elogiando a lei, mas não havia se definido sobre a aplicabilidade dela nas eleições de 2010. Entre os políticos barrados no ano passado, estão os ex-governadores João Capiberibe (PSB-AP), Joaquim Roriz (PSC-DF) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).

Nos julgamentos anteriores, defenderam a validade atual da lei os ministros Ricardo Lewandowski (que é também presidente do TSE – Tribunal Superior Eleitoral), Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia, Carlos Ayres Britto e Ellen Gracie. Ficaram contra o presidente da Corte, Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Celso de Mello, Antonio Dias Tóffoli e Marco Aurélio de Mello.


Fonte: Maurício Savarese, Do UOL Notícias, Em Brasília.

OAB afirma que decisão do STF sobre Ficha Limpa 'frustra a sociedade'

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) considerou frustante a decisão do Supremo Tribunal de Federal (STF) que decidiu que a Lei da Ficha Limpa só vale a partir das eleições municipais de 2012.

Com isso, políticos que obtiveram votos suficientes para se eleger no pleito de 2010, mas foram impedidos pela lei, poderão tomar posse.

"A decisão do Supremo Tribunal Federal proferida com o voto do ministro Luiz Fux, recém nomeado pela presidenta Dilma Rousseff para compor o mais importante Tribunal do país, frustra a sociedade que, por meio de lei de iniciativa popular, referendada pelo Tribunal Superior Eleitoral, apontou um novo caminho para a seleção de candidatos a cargos eletivos fundado no critério da moralidade e da ética, exigindo como requisito de elegibilidade a não condenação judicial por órgão colegiado”, diz, em nota, o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante.

Com o placar de 6 votos a 5, a Corte proibiu a aplicação imediata da regra. O ministro Luiz Fux foi o responsável por desempatar a votação. Ele acompanhou o voto do relator ministro Gilmar Mendes.

O presidente da OAB destacou a importância da lei, proposta por uma iniciativa popular, que ajudou a banir do cenário eleitoral “vários políticos que acumularam durante a vida uma extensa folha corrida de condenações judiciais e que zombavam da sociedade e da Justiça com incontáveis recursos para impedir o trânsito em julgado de decisões condenatórias".

“Embora o sentimento da sociedade seja de frustração, tal fato não significa uma derrota porquanto a Lei da Ficha Limpa é constitucional e será aplicada às próximas eleições”, afirmou.

Para a diretora da Secretaria Executiva do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Jovita José Rosa, os ministros do STF não fizeram a interpretação correta da lei.

"Nosso pensamento e de muitos juristas é de que a lei não alterou o processo eleitoral, alterou apenas a elegibilidade e isso não é pena. Há registro de candidatura da mesma forma. Estamos decepcionados, mas não conformados. Com esse resultado, temos a certeza de que é necessária a reforma política urgentemente”, disse a diretora do movimento, responsável por propor o projeto que criou a lei.

Fonte: Carolina Pimentel e Daniella Jinkings, Da Agência Brasil, Em Brasília.

Paciente tem joelho errado operado em hospital no Guarujá (SP); família pedirá indenização

A polícia investiga um suposto caso de erro médico ocorrido no Hospital Santo Amaro, no Guarujá (SP), na Baixada Santista. O problema teve início na segunda-feira (21), quando a auxiliar de limpeza Tatiane Andrade da Silva, 25, foi internada no hospital para realizar uma cirurgia no joelho direito. O susto veio após a operação, quando a família descobriu que o procedimento cirúrgico foi feito, equivocadamente, no joelho esquerdo.

Em entrevista ao jornal "A Tribuna", de Santos, o pai da paciente, José Antônio da Silva, demonstrou indignação quanto ao trabalho da equipe médica. “Isso é uma irresponsabilidade”, disse.

Ele contou também que a filha está sofrendo bastante e chora constantemente, temendo que o problema possa agravar ainda mais as suas dificuldades para se locomover e realizar tarefas diárias.

Relatos de familiares mostram que a paciente necessitava da ajuda de outras pessoas para realizar atividades rotineiras como, por exemplo, tomar banho, devido ao problema no joelho. “Ela andava puxando a perna direita e se apoiava na esquerda. Agora não sei como vai ser”, explicou Valéria Andrade da Silva, mãe de Tatiane.

Inconformada com a situação de sua filha, a mãe resolveu questionar o médico sobre os motivos que resultaram no erro cirúrgico. Segundo ela, o médico ficou “surpreendido com a situação e disse para a família realizar uma consulta em sua clínica particular, que não iria fazer nenhum tipo de cobrança pelo serviço”. A postura do especialista, de acordo com a mãe, foi a prova concreta de que houve um procedimento cirúrgico equivocado no tratamento de sua filha.

O drama de Tatiane já se arrasta há mais de um ano. Por conta do problema físico, ela teve de se afastar das atividades de trabalho, recebendo auxílio-doença do INSS devido à lesão no joelho. Tatiane ainda esperou quase três meses para realizar a cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A família registrou boletim de ocorrência e a polícia já investiga o fato. Agora, o caso deve ganhar novos capítulos no Tribunal de Justiça. O advogado Carlos Dalmar dos Santos Macario, que defende a vítima, informou que a família vai entrar com uma ação indenizatória na Justiça, uma vez que o médico tem a responsabilidade civil sobre o caso.

A assessoria do Hospital Santo Amaro diz que o caso foi enviado à Diretoria Médica, que deverá se pronunciar em 72 horas.

Felipe Pupo, Especial para o UOL Notícias, Em Santos (SP) 25/03/2011

Rio modifica critérios e apaga surtos de dengue em 14 bairros.

A Prefeitura do Rio alterou seus critérios para definir o que é epidemia de dengue e, da noite para o dia, os 14 bairros que estavam sob alerta de surto (epidemia localizada) deixaram essa situação.

Entre esses bairros, estão áreas como o centro e Santa Teresa (região central).

O Rio soma neste ano 8.315 casos de dengue, mais que a soma dos casos em 2009 e 2010 (5.843). Seis pessoas já morreram, incluindo um bebê. No Estado, são mais de 26 mil casos e 18 mortes.

O critério da Organização Mundial da Saúde, seguido pelo Ministério da Saúde, considera que existe epidemia quando há mais de 300 casos por 100 mil habitantes.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio decidiu manter esse limiar, mas somente quando há tendência ininterrupta de alta dos casos nas últimas cinco semanas. Com isso, diz, 'não está mais configurada nenhuma região com característica de alerta para surtos da doença'.

O ministério diz que Estados e municípios têm autonomia para definir suas metodologias, mas também a obrigação de informar à pasta o número de casos.

Para o especialista em epidemiologia Amaury Lelis Dal Fabbro, da USP em Ribeirão Preto, a discussão é puramente semântica e não ajuda a combater a dengue.

'Mais de 300 casos por 100 mil é um nível de transmissão muito alto. Do ponto de vista da saúde da população, não muda nada se é epidemia ou não', afirma.

Na cidade, a incidência da dengue neste ano, de 132 casos por 100 mil habitantes, ainda se enquadra no nível considerado médio.

Ontem, a Secretaria de Saúde do Estado confirmou os dois primeiros casos de dengue do tipo 4.

Bairro do Rio com mais de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes:

Bairros

Casos por 100 mil habitantes

Pedra de Guaratiba

1.187,10

Barra de Guaratiba

908,5

Saúde

746,2

Catumbi

616,9

Bonsucesso

585,4

Anil

538,4

Centro

530,3

Cocotá

457,8

Acari

390,8

Santo Cristo

385,6

Rio Comprido

353

Santa Teresa

352,3

Paquetá

324,5

Cosme Velho

314,5

Fonte: RODRIGO RÖTZSCH

DO RIO. UOL COTIDIANO, 25/03/2011.

Intimidação Bullying: identifique se o seu filho é vítima desse tipo de

Pouco antes do horário de ir à escola, a criança diz que tem dor de barriga e pede para faltar. Em casa, não desgruda da Internet. Senhor pai ou responsável: pense duas vezes antes de castigar seu filho ou chamá-lo de preguiçoso. Você pode ter uma vítima de bullying em casa.

O termo vem do inglês "bully" (pronuncia-se 'búli'), que se refere a pessoas que intimidam, agridem ou se aproveitam de outras pessoas - o seu filho, por exemplo.

Um dos desafios para a identificação do bullying é o fato de muitas dessas práticas serem aceitas como meras brincadeiras por pais e professores - crianças que se dão apelidos, fazem gozações e chacotas umas com as outras.

"O que muitos pais não percebem é que, não raramente, essas 'brincadeiras' fazem mal à criança. Em casos extremos, leva ao suicídio", diz a pedagoga Cleo Fante, especialista em bullying.

Segundo a educadora, a popularização da Internet entre adolescentes e crianças é outro fator que contribui para o aumento do bullying, "já que no mundo virtual as pessoas não precisam dar as caras".

Os casos de cyberbullying, praticados pela Web, são tão "prejudiciais para as crianças quanto o bullyings tradicional", afirma Fante.

Como agir diante do bullying

No mundo real ou virtual, o problema requer atenção de pais e professores.

"Um dos maiores erros é menosprezar o sofrimento da criança. Não se deve dizer para o filho deixar isso para lá", diz Fante.

"Há pais que dizem 'eu também passei por isso', o que não justifica o sofrimento da criança. Além do mais, cada indivíduo encara as dificuldades de maneira diferente", diz.

Se a escola é o local em que a criança sofre a intimidação, os pais devem entrar em contato com professores e diretores, que devem coibir esse tipo de ação entre os estudantes.

"É preciso também estimular a auto-estima dos pequenos. As maiores vítimas são as crianças tímidas, que não conseguem se defender e exigir que os colegas parem com a brincadeira. Os pais devem incentivar a criança a fazer isso, sem estimular a violência", diz Fante.

"A criança deve conseguir dizer com firmeza: 'eu não quero brincar', 'eu não sou isso que você está dizendo'. Brigar com o filho vítima de bullying não dará a coragem que a criança precisará para ser firme", explica a pedagoga.

Seu filho sofre bullying? Então:

  • Não diga para "deixar para lá" - ou ele pode não mais contar problemas que tenha;
  • Converse com a direção da escola, se o problema for lá;
  • Se não resolver, faça boletim de ocorrência em delegacia de polícia;
  • Se a ofensa for pela Internet, imprima a página e leve ao Ministério Público;
  • Estimule que seu filho conte como foi o dia na escola.

Como identificar o bullying

  • Muitas vítimas de bullying sofrem caladas, "por vergonha, por acharem que são culpadas ou até merecem os apelidos, ou por falta de oportunidade de diálogo", aponta Cleo Fante.
  • Cabe, então, a pais e professores a tarefa e identificar se há algo de errado na vida social da criança ou mesmo do adolescente.
  • "Só consegue notar diferenças quem acompanha o cotidiano do filho. É esse o primeiro passo: ver se a criança está mais irritada, nervosa ou triste que o normal", aponta Fante.
  • No caso de vítimas de cyberbulling, a compulsão por utilizar a Internet é outra característica.

Filhos "valentões"

Se o seu filho não é vítima de bullying, ele pode ser, ainda, um desses agressores - comportamento que também merece atenção e cuidado dos pais.

"Dependendo da gravidade do ato, o menor pode ser internado para serem aplicadas medidas sócio-educativas", explica o promotor de Justiça Criminal, Lélio Braga Calhau, de Minas Gerais.

No caso de bullying pela Internet - caso a criança ou adolescente espalhe mentiras que ofendam algum colega -, o pai ou quem permitiu o acesso ao computador também pode ser penalizado.

"Alguém que seja negligente com um crime pode também ser responsabilizado, de acordo pelo código penal. Na área cívil, pode haver processos por danos morais e a família ser obrigada a pagar indenizações", diz Calhau.

Para identificar se o seu filho está intimidando outras crianças, a pedagoga cita algumas características comuns aos agressores: "os jovens que praticam bullying costumam ser hostis, usam força para resolver seus problemas e são intolerantes".

Os pais não devem elogiar nem estimular os filhos briguentos e valentões. Devem conversar e, se necessário, procurar ajuda de profissionais especializados, como psicólogos.

Fonte: Da Redação. UOL,EDUCAÇÃO, 24/03/2011, Em Brasília.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Famaz inicia o primeiro módulo da especialização em urgência e emergência (lato senso).

A Coordenação do curso de Pós-graduação da Faculdade Metropolitana da Amazônia - Famaz informa que a data de início do primeiro módulo de Especialização em Urgência e Emergência, será no dia 19 e terá prosseguimento no dia 20 de março. O horário para o início do curso será às 8:30 hs.

O Primeiro Módulo “Atendimento Pré-Hospitalar” será proferido pela profª. Lúcia Menezes.

Para maiores informações, ligue para os números: 3222-7559/7560 ou acesse o site: www.famaz.edu.br

Mulheres já são 43% do total de cientistas em São Paulo

Em 2010, das 19.678 solicitações iniciais de apoio à pesquisa apresentadas à FAPESP 42% foram apresentadas por mulheres. O percentual tem crescido continuamente desde 1992, quando foi de 30%.

Segundo levantamento feito pela FAPESP, a taxa de sucesso global, definida como o número de propostas aprovadas dividido pelo número de propostas analisadas no ano, foi, em 2010, de 61% para as mulheres e de 60% para os homens.

Para as grandes áreas de Ciências da Saúde, Ciências Agrárias e Engenharias, observa-se um crescimento forte na proporção de mulheres. Em Ciências da Saúde, o percentual cresceu de 34% em 1992 para 54% em 2010; para Ciências Agrárias, foi de 23% em 1992 para 40% em 2010. No caso das Engenharias, a participação feminina quase triplicou, passando de 8% para 22% no período.

Nas grandes áreas de Ciências da Saúde, Ciências Humanas e Linguística, Letras e Artes mais da metade dos solicitantes é do sexo feminino. Em Ciências Biológicas, a tendência é de crescimento na participação das mulheres, que passou de 42% em 1992 para 48% em 2010.

Entretanto, os dados indicam que, apesar de maioria, há um ligeiro decréscimo do número de solicitantes mulheres nas áreas tradicionalmente com forte presença feminina, como Ciências Humanas, que caiu de 56% em 1992 para 52% em 2010, e Linguística, Letras e Artes, que passou de 57% para 52% no mesmo período. Em contrapartida, o percentual de crescimento é significativo em áreas com forte presença tradicionalmente de homens, como Agrárias e Engenharias.

De 1992 a 1998, houve um forte aumento na quantidade de pesquisadores, homens ou mulheres, que solicitaram apoio à FAPESP, a uma taxa média de mais de 730 pesquisadores por ano. De 1998 a 2003, houve estabilidade na quantidade de pesquisadores, com um número total em torno de 7 mil.

De 2003 a 2010, observa-se uma retomada do crescimento na quantidade de pesquisadores, agora com uma taxa média de crescimento de 267 pesquisadores por ano.

Durante todo o período de 1992 a 2010, o número de pesquisadoras evoluiu obedecendo ao mesmo padrão de curto prazo do crescimento de pesquisadores do sexo masculino, mas, na média, a intensidade de crescimento no número de pesquisadoras foi ligeiramente maior, o que levou a um aumento na proporção de pesquisadoras.

Leia o relatório completo com gráficos comparativos em:

www.fapesp.br/publicacoes/indicadores/032011f.pdf

(Agência Fapesp)

Câmara aprova MP que libera R$ 968 milhões para o Ministério da Educação

A Câmara dos deputados aprovou no dia 15 de março a Medida Provisória (MP) 508, que concede crédito extraordinário de R$ 968 milhões ao Ministério da Educação. Os recursos serão usados nos programas nacionais de apoio ao transporte escolar e de alimentação escolar. A MP, que segue agora à apreciação do Senado Federal, foi aprovada simbolicamente por acordo entre as lideranças partidárias.

De acordo com a exposição de motivos da MP, o programa de transporte escolar beneficia cerca de 5 milhões de estudantes da zona rural, da educação básica, que não teriam outra condição de comparecer às escolas e cerca de 47 milhões de estudantes, que são atendidos com a merenda escolar.

Os líderes partidários também decidiram também votar amanhã (16) a MP 509, que altera parágrafo da Lei 11.668/2008, que dispõe sobre o exercício da atividade de franquia postal. Pelo texto da MP, os Correios deverão concluir as contratações de franquias até 11 de junho de 2011.

Março
A Câmara deverá votar ainda este mês, além de medidas provisórias que trancam a pauta, alguns projetos de lei, entre eles o que estabelece a banda larga nas escolas e o que trata da igualdade de condições entre homens e mulheres no mercado de trabalho. O acordo sobre as votações foi definido hoje (15) durante reunião do presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), e os líderes partidários.

Fonte: Da Agência Brasil
Em Brasília. UOL 16/03/2011

segunda-feira, 14 de março de 2011

LISTA DE CANDIDATOS APROVADOS NO VESTIBULAR DOS DIAS 01 E 03/03/2011.

CURSO DE BIOMEDICINA (NOTURNO)

Mauricio de Sousa Aguiar

Luis Fernando Silva dos Santos

Jose Milton do Nascimento Neto

CURSO DE ENFERMAGEM (NOTURNO)

Danusa Marques de Lima

Juliana Jorge Melém

CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL (NOTURNO)

Raphael Pinheiro Lobato

Romario Silva do Vale

Para os candidatos aprovados acima, o prazo para matricula vai de 10/03/11 até o dia 15/03/2011 na secretaria acadêmica da Famaz. Maiores informações através dos telefones 91-3222-7559 / 3222-7560 ou na Secretaria Acadêmica.

Licença ambiental cresce 570% com aumento de obras no país

A demanda por licenciamentos ambientais cresceu 570% no Brasil na última década.

Os dados são do Ibama, que aponta a necessidade de dobrar o quadro de funcionários do setor --de 300 para 600 pessoas-- para enfrentar a explosão nas obras.

Em 2000, o órgão ambiental tinha 251 processos de licenciamento para avaliar. Em 2010, eram 1.675. Desse total, 463 licenças foram concedidas. Neste ano, só no primeiro bimestre, foram 103.

O aumento do número de pedidos acompanha o crescimento econômico do país. Entre 2005 e 2006, primeiro ano do PAC, ele foi de 22%; entre 2003 e 2004, de 25%.

Os números foram apresentados no TCU (Tribunal de Contas da União) pela diretora de Licenciamento do Ibama, Gisela Damm, como resposta à queixa frequente do governo de que o licenciamento é moroso, especialmente o das obras do PAC.

É tanta a preocupação com o andamento das obras no Planalto que a presidente Dilma Rousseff exigiu a criação de um sistema on-line para que ela possa acompanhar pessoalmente o andamento das licenças do programa federal de obras.

O PAC, na realidade, responde por um número pequeno dos processos: apenas 20% dos pedidos de licenciamento feitos ao Ibama em 2010 são obras do programa.

Segundo Damm, o órgão alterou projetos de forma a diminuir o impacto ambiental de algumas obras -o que deveria ser considerado, diz ela, uma medida de eficácia.

LISTA NEGRA

O Ibama também passou, em janeiro, a devolver estudos de impacto malfeitos e publicar as devoluções no Diário Oficial.

A medida é uma forma de constranger publicamente as consultorias que fazem os estudos para os empreendedores. O Ibama acaba levando fama de moroso quando o problema, às vezes, está na qualidade dos estudos.

Até agora, já foram devolvidos estudos de impacto ambiental da hidrelétrica Pai Querê, no Rio Grande do Sul, de dois ramais ferroviários (um em São Paulo e outro em Rondonópolis, Mato Grosso) da América Latina Logística e de uma obra de canalização em Araranguá (SC).


Fonte: Folha.Com

sexta-feira, 11 de março de 2011

Pisa 2009: Xangai, na China, lidera ranking de leitura entre estudantes; Brasil está em 53º

A cidade de Xangai, na China, que participou pela primeira vez do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), obteve a melhor pontuação em leitura do exame. O Brasil ficou na 53ª posição. O exame, feito pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), avaliou em 2009 o conhecimento de cerca de 470 mil estudantes em leitura, ciências e matemática de 65 países. Neste ano, a área que teve ênfase na avaliação foi a de leitura.

Em 2006, quando 57 países foram avaliados, os brasileiros ocuparam a 54ª posição.

Dentre os dez países melhor colocados, além da China, quatro são asiáticos (Coreia do Sul, Hong Kong, Singapura e Japão). A Coreia do Sul conquistou a segunda melhor colocação, com 539 pontos; e vem seguida da Finlândia, com 536.

A pontuação obtida pelo Brasil foi de 412. O desempenho é semelhante ao de países como Trinidad e Tobago, Colômbia, Montenegro e Jordânia. A pontuação média do exame é de cerca de 500 pontos.

Dentre os países da América Latina avaliados, o Brasil ficou acima de Argentina (58º), Panamá (62º) e Peru (63º), e abaixo do Chile (44º), Uruguai (47º), México (48º) e Colômbia (52º).

Escala de proficiência

O nível dos estudantes em leitura foi avaliado em sete escalas, que iam de 6, a mais alta, até 1b, a mais baixa.

Na escala 6, por exemplo, o estudante é capaz de combinar múltiplas partes de informações independentes, de diferentes partes de um texto misto, de um contexto não familiar, em ordem precisa. Apenas 1,4% dos alunos avaliados atingiram esse nível.

Já na escala 1b, era cobrado que o estudante conseguisse localizar uma informação num texto simples. Dos avaliados, 98% conseguiram ao menos atingir esse nível.

O que é

O Pisa busca medir o conhecimento e a habilidade em leitura, matemática e ciências de estudantes com 15 anos de idade tanto de países membro da OCDE quanto de países parceiros. Essa é a quarta edição do exame, que é corrigido pela TRI (Teoria de Resposta ao Item). O método é utilizado também na correção do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio): quanto mais distante o resultado ficar da média estipulada, melhor (ou pior) será a nota.

A avaliação já foi aplicada nos anos de 2000, 2003 e 2006. Os dados divulgados hoje foram baseados em avaliações feitas em 2009, com 470 mil estudantes de 65 países. A cada ano é dada uma ênfase para uma disciplina: neste ano, foi a vez de leitura.

Dentre os países membros da OCDE, estão Alemanha, Grécia, Chile, Coreia do Sul, México, Holanda e Polônia, dentre outros. Dentre os países parceiros, estão Argentina, Brasil, China, Peru, Qatar e Sérvia, dentre outros.

Fonte: portal terra.